sexta-feira, 7 de maio de 2010

Psicologia x Hipocondria

A seguir, temos a entrevista no estilo pingue-pongue, de perguntas e respostas, com a psicóloga Judith Martins, que nos fala um pouco mais sobre hipocondria, e de que forma o psicólogo pode ajudar a amenizar a doença.

1 - Quando o hipocondríaco passa a precisar da ajuda profissional de um psicólogo?
A hipocondria é atendida como uma preocupação excessiva e medo de adquirir uma doença séria, bem como, amplificação dos possíveis sintomas existentes. Está algumas vezes associada a outros transtornos psicológicos. por sua vez, estes transtornos são, com mais frequencia, as razões pelas quais o paciente procura ajuda do profissional de psicologia. assim, precebe-se a necessidade de uma intervensão psicológica e/ou psiquiátrica quando manifestações hipocondríacas encontram-se instaladas de forma a alterar o bem estar e o equilíbrio emocional do paciente.

2 - Eles assumem e reconhecem o que tem como doença?
A essa pergunta, faço aqui uma interrogação: para a grande maioria das pessoas, é fácil assumir e reconhecer que estamos adoecidos ou que precisamos de ajuda?

É percebido que são raríssimos os casos que o paciente explicita seu sintoma hipocondríaco. O processo de reconhecimento dá-se ao longo das sessões e somente à medida que o próprio paciente se possibilita a superar as resistências e encarar suas fragilidades.

3 - De que forma o psicólogo pode ajudar essas pessoas?
A psicoterapia possibilita uma descoberta de quem somos e nos ajuda a conhecer novas formas criativas e espontâneas de estar no mundo. O papel do psicólogo diante de qualuqre caso clinico nada mais é que o de um espelho, ou seja, alguém que estará, legitimamente, colocando-se no lugar do outro para possibilitar que o paciente tenha um encontro consigo mesmo. Acredita-se que quando os sintomas hipocondríacos estão assossiados a transtornos de pânico ou de depressão, por exemplo, seja imprescindível uma intervenção multiprofissional.

4 - A doença tem cura, ou somente pode ser amenizada?
Prefiro falar de equilíbrio, controle ou administração de sintomas, pois uma vez que os sintomas desaparecem e que o paciente encontra possibilidadesde dar novas respostas ele não fica isento de uma reincidência.

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